Uma liturgia é um Grande Louvor que uma Comunidade Cristã eleva ao Pai, por meio de Jesus Cristo
Uma liturgia é um grande louvor que uma comunidade cristã eleva ao Pai, por meio de Jesus Cristo (nele, com ele, por ele ...), na força do Espírito Santo.Uma música, sobretudo o texto, deve traduzir isso. Daí porque não basta ao compositor ter conhecimento e técnica, exige-se também que tenha vivência cristã, viva sua fé. Há normas que orientam como formas de arte religiosa, que o artista deve conhecer e observar, para que, de fato, seu canto exprima uma sacralidade da oração, uma alma orante do povo, o Mistério da Salvação que celebramos.
A missão é uma paixão por Jesus Cristo e, mesmo tempo, uma paixão por pessoas.
"Papa Francisco"
Música na literatura e na pastoral
Por Ir. Miria T. Kolling)
1. Sustentem com arte a louvação, como nos pede o Salmo 32. É preciso dar um Deus o melhor e mais digno. É belíssimo o ministério do canto e da liturgia, o único que começa na terra e se prolonga no céu, eternidade adentro.
2. Ninguém ama o que não conhece. Cultivem-se, estudem, aprofundem seus conhecimentos litúrgicos musicais, para servir melhor. O cultivo pessoal, uma oração e meditação da Palavra são também fundamentais para o sustento no ministerério.
3. Prepare-se como celebrações, evitando uma improvisação. Não é uma improvisa uma festa, muito menos uma festa do Senhor. É falta de respeito com o povo. Há uma preparação remota, da equipe, que deve se reunir, de preferência semanalmente, para aprofundar os textos bíblicos, escolher e ensaiar os cantos, preparar como leituras, distribuir como tarefas ... E há uma preparação próxima, da equipe com o povo, antes Da celebração, para aquecer uma voz e preparar o coração.
4. Saibam-se ministros, servidores, não donos da liturgia. Ninguém sabe e pode fazer tudo sozinho. Importa o trabalho em equipe, cada qual exercendo sua função, tendo em vista uma participação de todo o povo.
5. Tenham entusiasmo, isto é, estejam em Deus! Devemos ser apaixonados por ele, pelo seu Reino, por liturgia e pelo povo. Só assim, temos a vida em nós, VIDA que celebramos, o que é traduzido nas atitudes e gestos, no tocar e cantar, nos ritos e palavras. É necessário fazer-nos sacramentos da presença salvadora de Deus.
6. Não desanimem diante das dificuldades, dos obstáculos, venham de onde vierem. Quem trabalha por Deus deve estar preparado e perseverar no bem, nenhum compromisso assumido. É por ele que damos a vida, em favor do povo. Sempre "vale a pena, quando é uma alma não é pequena".
7. Enfim - entre tantas outras observações e sugestões que estão sujeitas a documentos - é importante que como equipes de liturgia e celebração de caso, de fato, o momento celebrativo seja festa de compromisso de vida, de encontro de irmãos entre si e Com o Deus libertador, cume e fonte de toda a vida e ação da Igreja.
Ir. Miria Therezinha Kolling nasceu em Dois Irmãos (RS) em 1939. Em 1960 ingressou na Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Estudou pedagogia e música e atividades pastorais em Santos (SP). Entre 1983 e 1985 aprofundou os estudos musicais na Alemanha e Áustria. É membro da Sociedade Brasileira de Música, da Academia Feminina de Ciências, Letras e Artes de Santos e da Associação de Regentes de Corais Infantis de São Paulo. Gravou mais de 30 discotecas com Missas e cantos próprios para celebrações.Reside em São Paulo desde 1989 e participe de encontros de liturgia e canto pastoral em todo o Brasil e exterior (sobretudo Portugal e Estados Unidos). Dedica-se à música litúrgico-pastoral há 25 anos.